5 de fevereiro de 2013

Jogo da Velha - Livro 01 - Malorie Blackman

Jogo da Velha
Edição: 1
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501077097
Ano: 2007
Páginas: 466
Tradutor: Alves Calado
Callum McGregor, de 15 anos, é um zero, filho da ex-governanta da família de Persephone Hadley. Filha de um importante político Cruz extremamente racista, cuja eleição a primeiro-ministro é tida como certa, Persephone cresceu em meio ao luxo e ao poder. Amigos durante a infância, Callum e Persephone se vêem crescendo em um mundo onde brancos e negros simplesmente não se misturam, e percebem que o amor que nasceu entre os dois só poderá continuar se ninguém descobrir. Depois que Callum consegue uma das pouquíssimas vagas para brancos na escola particular exclusiva de Persephone, tem início uma vertiginosa escalada da violência e a luta pelo amor que nasce entre os dois logo se mostra impossível de ser vencida. De um lado, laços familiares superficiais que só se sustentam nas aparências e no dinheiro; do outro, uma família tão afetada pelo racismo, pela dor e pela violência que acaba se desintegrando. A sociedade não consegue aceitar o amor entre zeros e Cruzes, mas Persephone e Callum recusam-se a esquecer o que sentem um pelo outro.


“Falar de preconceito é mais clichê que a voz do locutor da sessão da tarde.”
Felipe Neto.
Acho que muita gente concorda com esta frase, mas acho que ela pode ser mudada, “falar o que todo mundo fala de preconceito é mais clichê...”, são muitos os livros e filmes em cima do assunto e confesso para vocês que essa foi uma das melhores formas de aborda-lo.
Mas querer beber nos clássicos da literatura é uma ótima pedida... quem nunca se emocionou lendo a incrível história de dois amantes que tinha como obstáculos a guerra entre famílias que dividiam Verona em duas áreas de influencia, se você é dos muitos (as) que choraram ao ver o pobre Romeu morrendo com certeza esse livro vai lhe agradar, mas se você é daqueles que gosta de debater sobre preconceito e injustiça esse livro também é para você.
Achei incrível a saca de Blackman, mas se bem que para mim não é nem uma novidade, mas que é legal é. Onde em uma Inglaterra futurísticas ou, como diz o livro, “alternativa” a sociedade é dividida entre zeros, brancos, e Cruzes, negros. E tem um casal que vive nesse sistema onde os Cruzes são os que estão no poder e os zeros são os subordinados, assumindo a classe trabalhadora limitada a até um grau de instrução e viver marginalizada da sociedade.
Como, não vem querer negar que é um fato, é modinha agora falarmos sobre nossa sociedade mas pegando livro de distopias este pode ser muito bem aproveitado para falarmos de preconceito que vai muito além da cor da pele, essa questão é diretamente ligada a uma sociedade capitalista onde o preconceito se encontra entre as classes, pois o que Malorie trás no seu livro nada mais é do que a transferência de objeto de preconceito e isso nos leva muito alem da cor de pele.
Notem que a capa é meio Yng-yang, mostrando as diferenças entre brancos e negros...
A leitura é um pouco arrastada no começo, mas não desista por que vale apenas ler, é eletrizante, a narrativa fica alternando entre Callum e Sephy, tudo em primeira pessoa que torna um pouco sem graça, mas vale apenas mesmo...
Um ReJ do futuro...

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