Este título conta a história de Pagford e seus habitantes,
que, após a morte inesperada de Barry Fairbrother, membro da Câmara do
vilarejo, fica em choque. Em meio a descrições longas e monótonas, ela nos
apresenta personagens complexos e perdidos, mas que poderiam ser confundidos
com qualquer pessoa real.
Rowling expõem em “Morte Súbita”, de maneira corajosa
diga-se de passagem, toda a feiura e fragilidade humana, através de seus
personagens, mas mesmo assim, não consegui me prender as páginas do livro.
O tom de ironia é marca presente em toda a leitura, o que é
um dos “charmes” desta obra. Todavia, achei o enredo muito confuso, e até um
pouco cruel demais ao tentar relatar a “realidade”, já que (na minha opinião),
ela põe principalmente os adolescentes como se fossem bombas relógios prestes a
explodir, e os adultos como perseguidores sádicos.
A autora, em uma entrevista disse o seguinte quanto ao tema
do livro e sua intenção ao escrevê-lo:
“Os
dois principais temas do romance são hipocrisia e responsabilidade. Eu quis
mostrar como os humanos podem ter sentimentos feios dos quais preferem não se
dar conta; como nós todos somos apanhados em nossos próprios problemas e
limitados pelas nossas experiências de vida. Julgar alguém, declará-lo abaixo
do padrão, concluir que seus infortúnios são devidos a falhas de caráter
inerentes, pode ser um modo de melhorar nossa própria autoestima, porque nosso
sucesso comparado e felicidade não podem ser sorte ou azar, mas sim recompensas
por condutas superiores e talentos.”
Sem dúvida a vida é cheia de conflitos, mas em “Morte Súbita”,
ao tentar relatar os mesmos, acredito que a autora passou um pouco do limite do
cabível. E sem dúvida, por ser uma
autora muitíssimo aclamada e querida, seus fãs esperavam mais.
De qualquer forma, ainda recomendo a leitura de “Morte
Súbita”, afinal, não deixa de ser um bom livro, de uma leitura densa, e por
isso um pouco cansativa, mas que possui personagens que valem muito a pena
conhecer, como Sukhvinder, que sofre bullying. Ela tem pensamentos
suicidas e encontra conforto na dor provocada por ela mesma através da prática
de automutilação, e é um dos melhores personagens com tal distúrbio que já tive
o prazer o conhecer, já que a autora consegue discutir de maneira realista e
enxuta sobre a automutilação, o que pra mim é ponto mais positivo da obra,
tendo em vista atualmente, tal doença ainda é considerada por muitos
desinformados como algo descabido. Todavia está ligada diretamente a psique de
quem dela sofre, e precisa de ajuda, como é o caso da personagem, que teve como
disparo do gatilho da doença o fato de sofrer bullying.
Enfim, demorei muito a escrever uma resenha sobre tal título
por ser assumidamente (e orgulhosamente, diga-se de passagem), uma “pottermaníaca
de carteirinha”, e sendo assim, admiradora de Rownling. Li e reli o livro, para
só agora tentar expressar minha opinião. O que é positivo, frente a novidade
recente de que a mesma lançou outro título, sob o pseudônimo de "Robert
Galbraith". O título “The Cuckoo's Calling”
foi publicado pela Sphere, selo da editora Little, Brown, e
ainda não foi lançado com tradução no Brasil.
Tenho lido críticas excelentes sobre este título, e confesso
estar ansiosa para lê-lo! O que parece, em nada tem haver com a Série Harry
Potter, e quanto as críticas, segue o caminho contrário de “Morte Súbita”, pois antes de ser reconhecido como obra de
Rowling recebeu vários elogios de sites especializados em literatura, tendo um
índice de vendas muito bom para um autor “iniciante no mercado”, sendo este um
dos motivos para que fosse feita uma investigação que levou a desvendar o
segredo de seu verdadeiro autor (no caso autora, rs).
Resta-nos aguardar e degustar ainda mais as obras de
J.K.Rownling.
Boa leitura!
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7 de outubro de 2013
"Morte Súbita" de J.K.ROWLING
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