7 de outubro de 2013

"Morte Súbita" de J.K.ROWLING




Este título conta a história de Pagford e seus habitantes, que, após a morte inesperada de Barry Fairbrother, membro da Câmara do vilarejo, fica em choque. Em meio a descrições longas e monótonas, ela nos apresenta personagens complexos e perdidos, mas que poderiam ser confundidos com qualquer pessoa real.

Rowling expõem em “Morte Súbita”, de maneira corajosa diga-se de passagem, toda a feiura e fragilidade humana, através de seus personagens, mas mesmo assim, não consegui me prender as páginas do livro.

O tom de ironia é marca presente em toda a leitura, o que é um dos “charmes” desta obra. Todavia, achei o enredo muito confuso, e até um pouco cruel demais ao tentar relatar a “realidade”, já que (na minha opinião), ela põe principalmente os adolescentes como se fossem bombas relógios prestes a explodir, e os adultos como perseguidores sádicos.

A autora, em uma entrevista disse o seguinte quanto ao tema do livro e sua intenção ao escrevê-lo:


Os dois principais temas do romance são hipocrisia e responsabilidade. Eu quis mostrar como os humanos podem ter sentimentos feios dos quais preferem não se dar conta; como nós todos somos apanhados em nossos próprios problemas e limitados pelas nossas experiências de vida. Julgar alguém, declará-lo abaixo do padrão, concluir que seus infortúnios são devidos a falhas de caráter inerentes, pode ser um modo de melhorar nossa própria autoestima, porque nosso sucesso comparado e felicidade não podem ser sorte ou azar, mas sim recompensas por condutas superiores e talentos.”


Sem dúvida a vida é cheia de conflitos, mas em “Morte Súbita”, ao tentar relatar os mesmos, acredito que a autora passou um pouco do limite do cabível.  E sem dúvida, por ser uma autora muitíssimo aclamada e querida, seus fãs esperavam mais.

De qualquer forma, ainda recomendo a leitura de “Morte Súbita”, afinal, não deixa de ser um bom livro, de uma leitura densa, e por isso um pouco cansativa, mas que possui personagens que valem muito a pena conhecer, como Sukhvinder, que sofre bullying. Ela tem pensamentos suicidas e encontra conforto na dor provocada por ela mesma através da prática de automutilação, e é um dos melhores personagens com tal distúrbio que já tive o prazer o conhecer, já que a autora consegue discutir de maneira realista e enxuta sobre a automutilação, o que pra mim é ponto mais positivo da obra, tendo em vista atualmente, tal doença ainda é considerada por muitos desinformados como algo descabido. Todavia está ligada diretamente a psique de quem dela sofre, e precisa de ajuda, como é o caso da personagem, que teve como disparo do gatilho da doença o fato de sofrer bullying.

Enfim, demorei muito a escrever uma resenha sobre tal título por ser assumidamente (e orgulhosamente, diga-se de passagem), uma “pottermaníaca de carteirinha”, e sendo assim, admiradora de Rownling. Li e reli o livro, para só agora tentar expressar minha opinião. O que é positivo, frente a novidade recente de que a mesma lançou outro título, sob o pseudônimo de "Robert Galbraith". O título “The Cuckoo's Calling” foi publicado pela Sphere, selo da editora Little, Brown, e ainda não foi lançado com tradução no Brasil.

Tenho lido críticas excelentes sobre este título, e confesso estar ansiosa para lê-lo! O que parece, em nada tem haver com a Série Harry Potter, e quanto as críticas, segue o caminho contrário de “Morte Súbita”,  pois antes de ser reconhecido como obra de Rowling recebeu vários elogios de sites especializados em literatura, tendo um índice de vendas muito bom para um autor “iniciante no mercado”, sendo este um dos motivos para que fosse feita uma investigação que levou a desvendar o segredo de seu verdadeiro autor (no caso autora, rs).

Resta-nos aguardar e degustar ainda mais as obras de J.K.Rownling.


Boa leitura!


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